quinta-feira, 14 de julho de 2016

Festa da Massa

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Festa da Massa foi gerada por um desejo em evidenciar o protagonismo feminino no samba a partir das suas forças matrizes, o samba de coro desenvolvidos pelas mulheres e os tambores das linhas rítmicas da cultura africana Bantu.

O show é composto por um repertório que contém composições de grandes baluartes do samba de vários estados brasileiros, e que foram interpretadas pela cantora Alcione nos primeiros momentos dos seus mais de 40 anos de carreira. A proposta faz presente os múltiplos sotaques, as peculiaridades e diferenças que constitui a diversidade do samba brasileiro afirmando no palco os principais desdobramentos dessa expressão: a memória afetiva, as motrizes negras e sua função política.

O trabalho foi construído a partir do conjunto de composições que a sambista cantou e gravou, no entanto ele prioriza um momento da carreira da cantora de 1972 a 1992, aquele onde africanidades , religiosidade e engajamento estavam latentes. A cantora deu voz a muitos compositores, que nutriram e continuam a reverberar na música brasileira, dentre eles, os baianos Ederaldo Gentil e Batatinha, o pernambucano Paulo Debétio, os cariocas Wilson Moreira e Nei Lopes, Paulinho Resende, Jorge Aragão e o maranhense João Carlos, seu Pai.

O protagonismo feminino é pulsante na inspiração do projeto, personifi cado na cantora Alcione Marrom e nas existências das pastoras dos sambas de terreiro, está materializado no trabalho das instrumentistas que compõe a banda FESTA MASSA e tem também como principais personagens os tambores, que pulsam em todo o trabalho nos guiando pelas trilhas da ancestralidade.

A concepção e direção artística de Ariane Molina, musicista, sambista, cuiqueira e pesquisadora de protagonismo feminino no samba, torna possível esse olhar ao agregar um conjunto, que é composto por 10 musicistas e componentes do corpo de dança e 6 músicos instrumentistas.

O projeto FESTA DA MASSA, é uma iniciativa sensorial, uma imersão artística, onde as buscas pela sensibilidade se torna possível pela memória afetiva organizada em um repertório musical composto por uma pesquisa minuciosa durante dois anos na discografi a da cantora Alcione a Marrom, mulher negra, nordestina que gravou mais de 40 discos em sua carreira, trabalharemos num recorte histórico de 1972 a 1992, de Figa de Guiné à Mironga do Mato, onde africanidades e engajamento político estão latentes.

Vislumbramos a efetivação do empoderamento feminino, na consagração do belo, no sagrado e na liberdade do profano, o uso de ervas de proteção, partituram corporalmente todo o encanto e espontaneidade que as bênçãos das grandes Yalodés e Sacerdotisas da nossa cultura popular e os cultos que o feminino nos destinam, seguimos em águas de cheiro e intensidade na troca artística.

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